segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Artigo apresentado para obtenção do título de Especialista em História e Cultura dos Povos Indígenas: sobre o desuso da língua Terena entre os alunos do 7º e 8º anos da E> M. I. P. Pílad Rebuá em Miranda MS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL - UFMS
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO - PROPP
COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA
ESPECIALIZAÇÃO EM CULTURAS E HISTÓRIA DOS POVOS INDÍGENAS

DESUSO DA LÍNGUA TERENA ENTRE OS ALUNOS DO 7º E 8º ANO DA ESCOLA MUNICIPAL INDÍGENA POLO PÍLAD REBUÁ[1]

Sergio Luiz Romeiro[2]
                                                                                            sergioluizromeiro2@gmail.com
RESUMO                                                                                         
Este artigo buscou esclarecer e discutir os motivos que causaram o desuso da língua Terena entre os alunos do 7º e 8º ano da Escola Municipal Indígena Polo Pílad Rebuá, localizada na Aldeia Passarinho em Miranda Mato Grosso do Sul. Apresentamos um breve relato histórico da comunidade indígena no Brasil e no Estado do Mato Grosso do Sul, e, o povo Terena com sua história, trajetória e principalmente o desuso da língua terena, foco da nossa investigação. Observamos também o amparo legal e a grade curricular da Língua Terena e da Língua Portuguesa na escola, para uma reflexão da função da escola no cumprimento da pro-vitalização ou não da língua terena. Para alcançar o objetivo adotamos o método dedutivo de pesquisa e aplicação de questionários aplicados aos alunos e professores que serviu como análise, reflexão e interpretação de dados para conhecer os resultados. Com o objetivo de descobrir as causas do desuso da língua terena entre os alunos dessa escola. Finalizamos os trabalhos desenvolvidos e resultados obtidos nessas pesquisas, com o objetivo de confirmações de algumas hipóteses.

PALAVRAS CHAVES: língua terena; escola; desuso.



ABSTRACT
This paper aims to clarify and discuss the reasons that caused the disuse of the Terena language among students of the 7th and 8th year of the indigenous municipal school Pilad Rebuá, located in the Village Finch on Miranda Mato Grosso do Sul. We present a brief historical account of the indigenous community in Brazil and Mato Grosso do Sul State and the Terena people with its history, trajectory and especially the disuse of the Terena language focus of our investigation. We also observed the legal support and the curriculum Language Terena and the Portuguese language at school for a school function reflection in compliance with pro-vitalização or not the Terena language. To achieve the goal adopted the deductive method of research and application of questionnaires given to students and teachers who served as analysis, reflection and interpretation of data to know the results. in order to discover the causes of disuse of the Terena language among the students of this school. We finished the work conducted and results obtained in these studies, with the purpose of confirmation of some hypotheses.
KEYWORDS: language terena; school; disuse.
INTRODUÇÃO
O Brasil é um país continental com uma área territorial de 8.515.767,049 km², segundo levantamento do Censo Demográfico de 2010, publicado no DOU nº 16 de 23/01/2013. E com uma diversidade de povos, culturas e línguas. De acordo com a historiografia indígena, por volta de 1500, quando Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil era de aproximadamente cinco milhões de indígenas, 1400 grupos indígenas e 1200 línguas. O contato do povo indígena nesses quinhentos anos com o europeu trouxe números alarmantes e a extinção de muitas culturas, povos e línguas. Hoje os números do (IBGE, 2010) sobre as populações indígenas no país é de 817.900, etnias 283, terras indígenas 628, aldeias indígenas 4.067 e com apenas 180 línguas indígenas.
Para iniciar este artigo apoiamos na afirmação do professor de antropologia (Urquiza, 2013. P 19) “Mato Grosso do Sul é o estado brasileiro com uma grande diversidade demográfica e de múltiplos ethos culturais. No contexto dessa singularidade cultural apresenta-se uma significativa população indígena, estimada em 73.295 mil pessoas”. Com estas palavras que inicio este artigo. Que foi desenvolvido na Escola Municipal Indígena Pólo Pílad Rebuá. Para ajudar na reflexão e compreensão do trabalho aplicamos método de pesquisas com questionários, entrevistas e levantamento de hipóteses entre os alunos, professores e questionamentos sobre as famílias dos alunos da Escola Municipal Indígena Polo Pílad Rebuá, moradores das aldeias Moreira e Passarinho em Miranda Mato Grosso do Sul, localizada a 202 quilômetros de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul.
Também foi feito um breve histórico da Escola Municipal Indígena Pólo Pílad Rebuá; fundação, número de alunos, quadro de professores, direção, coordenação pedagógica, grade curricular, mestiçagem na família e legislação que ampara à escola indígena e seus sistemas próprios de aprendizagem.  Identificação do povo para conhecer e entender um pouco do povo Terena e principalmente a língua materna e os prováveis motivos que está acontecendo para o desuso nas comunidades da aldeia Moreira e aldeia Passarinho, lugar onde moram os alunos da Escola Municipal Indígena Polo Pílad Rebuá. Por isso procuramos atingir nosso objetivo por meio de entrevistas com os alunos, professores e as relações familiares do uso, ou desuso da língua materna, o professor indígena teve sua contribuição nesse aspecto para reforço e confirmação do quesito e também por serem moradores da própria comunidade onde os alunos estão inseridos.
O método utilizado é o dedutivo, pois levantamos hipóteses através de questionários que subsidiaram nossos trabalhos, em forma de pesquisas com os alunos, professores, com perguntas sobre a família também. Eles levaram a resultados comprovados e verdadeiros que nos possibilitaram a fazer uma análise do atual contexto da língua terena entre os alunos da escola. O local de desenvolvimento foi a Escola Municipal Indígena Polo Pílad Rebuá na Aldeia Passarinho em Miranda, Mato Grosso do Sul, no mês de maio de 2015. Os entrevistados foram alunos e professores dessa escola. Foram observados os resultados a fim de comprovação das hipóteses levantadas e uma possível ação futura para a pro-revitalização da língua terena entre os alunos da escola.
O Brasil perdeu muito sua população indígena em relação aos números de 1500 quando os portugueses chegaram ao Brasil. Contudo ainda há um número considerável conforme números do censo de 2010, que indicam: a população indígena estimada em 817.900 habitantes, 283 etnias, 628 terras indígenas, 4.067 aldeias indígenas e conta com 180 línguas indígenas. E que merecem respeito e uma atenção especial, para que possamos entender a especificidade de cada povo. Dessas 180 línguas indígenas faladas no Brasil ainda são pouco estudadas e por isso requer uma atenção especial para que não sejam extintas antes mesmo de ser estudada profundamente. As línguas se distribuem por cinco grandes grupos: Tronco Tupi, Tronco Macro-Jê, família Karib, família Aruák, família Pano; havendo ainda nove outras famílias menores e dez isolados linguísticos (SEKI 1999, p.3). (Apud Urquiza, 2013, p 82). A língua Terena, concentra-se em quatro áreas e não só no território brasileiro, mas entre a América Central e do Sul. Do tronco linguístico Aruák, originária da América Central como aponta os estudos de (BITTENCOURT e LADEIRA. 2000). A História do Povo Terena. Falada pelos povos indígenas da etnia Laiana, Kinikinau e Terena, concentrados na sua maioria no Estado do Mato Grosso do Sul. Por isso é o estado brasileiro com a segunda maior população indígena do país de acordo com (IBGE 2010) conta com população de 73.295 pessoas distribuídas em: Kaiowá, Guarani (Ñandeva), Terena, Kadiwéu, Guató, Ofaié, Kinikinau, Atikum e Camba. Estão distribuídos em várias regiões do Estado de Mato Grosso do Sul e falam línguas distintas: os Guarani/Kaiowá (Ñhandeva) que habitam a região de Dourados, e municípios do Sul e Sudoeste do Estado, sua língua é da família Tupi-Guarani e o tronco linguístico é Tupi com uma população de 51.970 indígenas. Os Terena concentrados nas cidades de Aquidauana, Miranda, Dois Irmãos do Buriti, Nioaque, Sidrolândia e Dourados, da família Aruák e do tronco lingüístico Aruák, conta com uma população de 28.845 pessoas. Kadiwéu, concentrados nas cidades de Porto Murtinho e Bodoquena da família linguística Guaicuru e sem estudos do seu tronco linguístico, com uma população de 1.575 pessoas. Kinikinau, habitantes de Porto Murtinho, Bonito e Miranda da família Aruák e conta com uma população de 213 pessoas. O povo Guató está na Ilha Ínsua (Corumbá) da família lingüística Guató com uma população de 152 pessoas. O povo Atikun é encontrado na cidade de Nioaque, da família Cariri, do tronco Macro-Jê com 120 pessoas. O povo Ofaié, encontrados na cidade de Brasilândia da família Ofayé do tronco lingüístico Macro-Jê com uma população de 70 pessoas (IBGE. 2010). Com esses dados numéricos podemos perceber a diversidade étnica, cultural e linguística no Estado do Mato Grosso do Sul. Ao mesmo tempo deparamos com números baixíssimos em relação a algumas etnias indígenas, que se transforma em preocupação sobre o futuro desses povos que habitam o Estado.
Os povos Terena habitam a região do Mato Grosso do Sul e estão distribuídos em várias regiões do Estado, e em alguns lugares mantém viva a língua terena, em outros requer uma atenção especial, pois a falta do uso da língua em alguns lugares está à beira da extinção desse patrimônio cultural dos Terena. Motivados por essa preocupação entrevistamos os alunos e professores das Terras indígenas Pílad Rebuá (208 hectares onde estão localizadas as aldeias indígenas Moreira e Passarinho) em Miranda, Mato Grosso do Sul. Segundo o professor (URQUIZA. 2013. p 99)“o povo Terena sempre foi o mais numeroso dos subgrupos Chané (Guaná), desde que esses povos começaram a aparecer na literatura do Chaco paraguaio, ainda no século XVI”.
A história do povo Terena é longa e está ligada às histórias de vários povos indígenas, dos europeus, dos africanos e seus descendentes. O povo Terena, juntamente com os Laiana e Kinikinau, faz parte da história de grupos indígenas que vivem em várias regiões e países da América. A língua falada pelos Terena conserva elementos em comum com a língua usada pelos Laiana e pelos Kinikinau e que, embora com algumas diferenças, permite reconhecer que ele pertence a um tronco de origem Aruák. A língua Terena é considerada uma língua bem descrita, pela dedicação, principalmente de duas missionárias do SIL, as professoras Elizabeth Ekhdal e Nancy Buttler que aprenderam a falar a língua terena, também produziram vários textos com descrição de aspectos da gramática, materiais didáticos e trabalharam exaustivamente no processo bilíngue, inclusive na tradução do novo testamento para língua terena.
A língua é um dos processos de comunicação mais eficaz que existe entre os seres humanos, e cada povo tem a sua, e através dela é que muitas vezes esses povos são identificados e reconhecidos. No Brasil além da língua portuguesa que é a língua oficial do país, temos 180 línguas indígenas de vários troncos linguísticos. O responsável pelo estudo das línguas é o linguista. Para o suíço Ferdinand Saussure, que é considerado o pai da lingüística moderna, a lingüística pretende:
“Fazer a descrição e a história de todas as línguas que puder abranger, o que quer dizer: fazer a história das famílias de línguas e reconstituir na medida do possível, as línguas-mães de cada família; procurar as forças que estão em jogo, de modo permanente e universal, em todas as línguas e deduzir as leis gerais às quais se possam referir todos os fenômenos peculiares da história” (SAUSSURE,1995 p.13)
Baseado nos dizeres de Saussure que buscamos desvendar os motivos e causas do desuso da língua terena entre os alunos da Escola Municipal Indígena Polo Pílad Rebuá na aldeia Passarinho. Procurar as forças que estão em jogo para entender melhor, tanto a força da língua portuguesa e seu processo europeu de imposição e a língua materna dos Terena, que vem sofrendo muito para se manter viva entre as comunidades indígenas.
A língua existe na coletividade sob a forma duma soma de signos depositados em cada cérebro, mais ou menos como um dicionário cujos exemplares, todos idênticos, fossem repartidos entre os indivíduos. Trata-se, pois de algo que está em cada um deles, embora seja comum a todos e independa da vontade dos depositários (SAUSSURE, p 27.  2006).
Esses dizeres de Saussure é um dos conceitos de língua, que existe na coletividade em forma de dicionário e independa da vontade do indivíduo, pois é algo coletivo, e cada povo possui sua língua com signos diferentes, e no caso dos nossos estudos acerca da língua, percebemos que a coletividade do povo Terena está perdendo um patrimônio dessa comunidade que é a língua com especificidade que só o povo Terena possui, outros signos vêm avançando sobre essa comunidade, os signos da língua portuguesa.
O nome Aruák vem de povos que habitavam principalmente as Guianas, região próxima ao norte do Brasil e algumas ilhas da América Central, na região das Antilhas. Os povos que falam a língua de origem Aruák não habitam em um único país. Estão divididos em quatro áreas: a primeira está situada no sudeste do estado do Acre, a segunda fica a oeste do estado do Mato Grosso, a terceira no alto do rio Xingu, e a quarta área é a que corresponde aos grupos que vivem na região mais Meridional da família Aruák no Brasil. É o povo Terena, que habita na região dos rios Aquidauana e Miranda, no Estado de Mato Grosso do Sul.
O primeiro momento descrito por Circe Maria Bittencourt e Maria Elisa Ladeira, 2000, “A História do Povo Terena”. Foi a saída do Êxiva[3] transpondo o rio Paraguai, e a ocupação da região do atual estado de Mato Grosso do Sul. Com migrações que feitas em todo o decorrer do século XVIII. Foi um período em que os Terena ocuparam um vasto território, dedicando-se à agricultura, chamado Período dos Tempos Antigos. Em seguida, um acontecimento importante que afetaria a vida dos Terena, a Guerra do Paraguai. O momento mais significativo da vida dos Terena. O terceiro momento correspondeu à delimitação das Reservas Terena, iniciando com a chegada da Comissão Construtora das Linhas Telegráficas, chefiadas por Rondon. Também foi descrito um quarto momento denominado “Tempo de Despertar”, criado pelo indígena Claudionor Miranda em sua dissertação de mestrado em desenvolvimento local (MIRANDA, 2006).
Na época em que os Terena deixaram o “Êxiva”, a região de Miranda era desabitada. Eles foram os primeiros a ocupar a área. A ocupação da região pelos portugueses começou depois da descoberta de ouro na região de Cuiabá em Mato Grosso, no século XVIII, várias  povoações foram fundadas pelos portugueses nessa época.
O local onde fizemos nosso trabalho de pesquisa e levantamento de dados para este artigo foi a Escola Municipal Indígena Polo Pílad Rebuá na aldeia Passarinho em Miranda no Estado do Mato Grosso do Sul. A cidade de Miranda foi fundada em1778 a partir da construção do Presídio Nossa Senhora do Carmo do rio Mondego atual rio Miranda, reduto construído pelo governador do então estado de Mato Grosso general Caetano Pinto de Miranda. Em 1857, Francisco Rodrigues do Prado (irmão do fundador do presídio) consegue por meio de lei provincial transformar a localidade em Vila com o nome de Miranda que possui 25.794 mil habitantes segundo dados do (IBGE 2010) é a segunda cidade mais velha do estado de Mato Grosso do Sul com 237 anos de fundação política, está localizada a 202 km da capital do estado, Campo Grande. Também é um município que possui muitos habitantes indígenas, tanto na cidade como em várias aldeias espalhadas no município de  Miranda, principalmente Terena em maior número seguidos de Kinikinau e Laiana.
A Educação Escolar vem sendo implantadas em diversos territórios indígenas em cumprimento da (LDB 9394/1996) bem como nos municípios que existem aldeias indígenas possui escolas próprias com pedagogia própria e diferenciada. Miranda não é diferente, possui três terras indígenas: Terra indígena de Cachoeirinha onde está localizada a Escola Indígena Primeiro Grau Coronel Nicolau Horta Barbosa, atendendo todo o Ensino Fundamental e Médio, com extensões Luiz Raimundo na aldeia Morrinho, Felipe Antônio na aldeia Argola, José Balbino aldeia Babaçu, Mãe Terra na aldeia Mãe Terra, Manoel José Caetano Aldeia Cachoeirinha e Alexandre Albuquerque na aldeia Lagoinha; Terra indígena de Lalima onde temos a Escola Municipal Indígena Polo Presidente João Figueiredo, extensão Irmãos Souza na aldeia Lalima; Terra Indígena Pílad Rebuá com 208, 3702 hectares onde localizam as aldeias Passarinho e Moreira, com a Escola Municipal Indígena Polo Pílad Rebuá e Extensão Arthemis Paz Bossay atendendo o Ensino Fundamental e Médio.
A educação escolar indígena tem seu amparo legal na legislação brasileira para que funcione conforme as necessidades das comunidades indígenas principalmente a Lei de Diretrizes e Bases da Educação conhecida como LDB 9394/96.
ART 1º A educação abrange os processos formativos que desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
ART 26 §4º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígenas, africanas e europeia.
ART 32 §3º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.
Disposições gerais
ART 79 § 2º A União apoiará técnica e financeiramente os sistemas de ensino no provimento da educação intercultural às comunidades indígenas, desenvolvendo programas integrados de ensino e pesquisa.

A nossa educação escolar indígena é amparada por lei como vimos nos artigos acima relacionados. E a língua materna indígena também tem seu amparo na legislação brasileira. Contudo vemos a cada ano uma língua indígena sendo extinta, segundo os números do (IBGE 2010) que nos revela apenas 180 línguas indígenas e que quando a esquadra de Cabral chegou ao Brasil era de aproximadamente 1200. Esses números mostram uma perda de 1020 línguas em 510 anos, e se nós não cuidarmos dessas 180 que restam terão o mesmo fim, pois a língua portuguesa impera no Brasil e massacra as línguas indígenas ainda existentes no país. Por isso que é pertinente o uso de nossa legislação a fim de assegurar a existência ou sobrevivência das línguas que ainda restam.
A história da Escola Municipal Indígena Pólo Pílad Rebuá localizada na aldeia Passarinho que atende alunos dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental é recente, contudo não tem nenhum registro na escola, ao procurar por essa história, o diretor da unidade escolar o professor Jaime de Almeida, que é indígena e morador da aldeia Passarinho indicou o ex cacique da aldeia Passarinho Rubens dos Santos de 78 anos[4], pois na época em que ele foi cacique é que aconteceu todo o processo de reivindicação e  implantação dessa unidade escolar na aldeia Passarinho. Ele conta que o processo de luta por uma escola começou em maio de 1975 quando ele entrou de cacique da aldeia Passarinho. Em 1976 ele fez algumas reivindicações ao delegado da FUNAI, o senhor Gerson dos Santos e entre elas a construção de uma escola na aldeia, pois a escola funcionava na igreja católica da aldeia Passarinho, que ele conta “estava quase caindo”. No dia 06 de setembro de 1977 o presidente da FUNAI Ismarth Araújo de Oliveira, general da reserva, antes de ser nomeado presidente era Superintendente da FUNAI. Na sua posse, o Ministro do Interior, Rangel Reis, anunciou “a política de integração em ritmo acelerado”, estava visitando as aldeias de Miranda e passou da aldeia Lalima direto para a aldeia Cachoeirinha sem parar na aldeia Passarinho, o cacique Rubens dos Santos pegou uma condução e foi atrás da “carruagem”, chegando lá não foi muito bem recebido pelas lideranças local, mas o delegado da FUNAI Gerson Alves em conversa lhe perguntou se desejava alguma coisa, ele disse se a comitiva (carruagem) iria passar na aldeia Passarinho, o general Ismarth Araújo de Oliveira respondeu que dentro de meia hora passaria na Aldeia Passarinho. A comitiva ao chegar à Passarinho o cacique e um grupo de índios, lideranças, já estavam com a documentação de reivindicações prontas e entre elas a construção da escola e recursos para a perfuração de dois poços artesianos. Em 1978 o chefe do posto já havia mudado, era José Mario Mindurikava, um japonês, relata o ex-cacique. Em reunião em Aquidauana entre ele o chefe do posto e representantes da FUNAI ele recebe a notícia que a escola seria construída. Nos meados de 1978a construção da escola e do posto indígena da aldeia Passarinho começa e só termina em dezembro de 1979 quando foi inaugurada. Ele conta também que em conversa em frente aos correios de Miranda com o chefe do posto de Cachoeirinha sobre o nome da escola, sugerimos Pílad Rebuá, pois foi a pessoa que doou a área da aldeia, e esse nome seria o mais adequado e permanece até hoje. Esta unidade escolar é mantida pela Prefeitura Municipal de Miranda, que atende as aldeias Passarinho e Moreira, funcionando o Ensino Fundamental do 1º ao 9º ano, conta com 390 alunos matriculados no ano de 2015, e um quadro de 33 professores (as) entre concursados e convocados. Seu diretor é o professor Jaime de Almeida[5], indígena e morador da aldeia Passarinho, a coordenadora pedagógica do período matutino é a professora Célia Metelo, indígena e moradora da aldeia Moreira e no período vespertino é o professor Marcos Moreira, também indígena e morador da aldeia Moreira. Ainda conta com o especialista indígena do período matutino o professor Gilson Tiago e a especialista do período vespertino a professora Sonia Acosta, não indígena. Com uma estrutura física de oito salas de aulas, cozinha, secretaria, banheiros, masculino, feminino e dos professores e uma sala de tecnologia com vários computadores, data show e um barracão de palha onde acontecem os informes aos alunos, além de livros de todas as disciplinas e alguns produzidos pelas comunidades indígenas na língua Terena. Os alunos não têm um lugar adequado para suas atividades esportivas e lazer, não tem quadra de esportes na escola, apesar dessas dificuldades têm atendido os alunos de forma satisfatória.
O referencial curricular da escola é o mesmo das escolas urbanas, contudo a grade curricular das Línguas Portuguesa e Terena são de certa forma injusta com as comunidades indígenas. Apesar das aulas de Língua Portuguesa ser importante poderia aumentar o número de aulas de Língua Terena, que tem em sua grade curricular com oito aulas semanais de Língua Portuguesa e duas de Língua Terena do 1º ao 5º ano e seis de Língua Portuguesa e duas de Língua Terena nos anos finais do ensino fundamental do 6º ao 9º ano. Essa grade curricular vem massacrando a língua terena e as comunidades indígenas que percebem sua língua materna, o terena, cada vez menos usada, e não há uma iniciativa de revitalização. Talvez com o aumento de aulas da Língua Terena poderia criar uma expectativa para a pro-revitalização. Com esses números negativos para a Língua Terena é que focamos os nossos estudos a fim de esclarecer a comunidade em geral os motivos e causas do desuso da língua Terena entre os alunos.
Fizemos também um comparativo numérico com alguns trabalhos já realizados na aldeia. Segundo tese de doutorado de (NINCÃO. 2008, p.16,17)
“Apesar dos números da pesquisa de Ladeira apontar 31,5% de falantes de Terena na aldeia Passarinho, é importante esclarecer que esse índice se refere a sua população mais idosa: os professores e os alunos da aldeia Passarinho são considerados monolíngües em língua portuguesa”.
Agora temos os resultados em uma amostragem entre os alunos da escola Pílad Rebuá e seus familiares que mantém o mesmo quadro sobre o uso da língua terena. Questionário que os alunos responderam em maio de 2015.
Análise dos resultados
Os motivos que nos levaram a pesquisar sobre o desuso da língua terena entre os alunos da Escola Municipal Indígena Pólo Pílad Rebuá, foi manifestado de forma preocupante, pois percebemos que entre os alunos em sala de aula, uma vez ou outra alguém fala alguma palavra em língua terena. Os alunos falam algumas palavras em terena, talvez aprenderam nas poucas aulas de Língua Terena ou com as avós como: “Professor, posso beber uné[6]?”  “Únati[7]”, “akó[8]”, “akóénja[9]” ou para responder a chamada “anenyé[10]”. Essas são algumas palavras que os alunos pronunciam em sala de aula ou fora, mas ficam soltas sem que eles consigam formar frases simples ou mais complexas. A professora Regina da Silva é a responsável pela disciplina de Língua Terena, e tem se esforçado para que os alunos se motivem e aprendam à língua terena, ela usa livros produzidos pelos próprios indígenas, trazendo a alfabeto terena, os números, nomes de animais, objetos e algumas histórias. Contudo é uma das disciplinas que os alunos confessam ser a mais difícil. Na última semana do mês de abril, a escola recebeu um material confeccionado em uma formação continuada de professores para o trabalho com a língua, arte e cultura Terena. Chamado “kalivôno[11]”, produzido Terra Indígena da Aldeia Cachoeirinha talvez esse material possa motivá-los a aprender a língua terena e usá-la novamente nessa aldeia, pois têm ilustrações, histórias no contexto indígena, saudações, alfabeto terena, mostrando a nossa flora a nossa fauna, cultura: dança, cerâmica, etc. Mostrando as datas comemorativas em uma linguagem simples e de fácil entendimento, destinados aos alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental, mas que serve para todos que desejam aprender um pouco da nossa etnia Terena e principalmente da nossa língua que é nossa identidade cultural.
Os alunos e professores responderam um questionário sobre questões pertinente à língua terena e seu uso ou desuso com a finalidade de identificar as causas do desuso da língua terena e chegamos aos seguintes números: foram entrevistados dez professores em diversas áreas de conhecimento, sendo cinco moradores da aldeia Moreira: Célia Metello Pereira indígena, Fernanda Maria Clara Pereira Cantarelli indígena, Regina da Silva indígena, Rosana Pereira de O. Mendes indígena e Waldecir da Silva indígena. E quatro professores da aldeia Passarinho: Adriana B. da Silva indígena, César Augusto Vareiro da Silva não indígena, Eduardo Dias  indígena, Evanilda Rodrigues indígena, e ainda Rosa Medina Dias Baltha não indígena, moradora do perímetro urbano da cidade de Miranda.
Desse quantitativo de professores de dez professores, oito são indígenas e dois não indígena e somente uma professora, não indígena, não mora na aldeia. Foi questionado se esses professores são falantes da língua terena e oito responderam que não, um respondeu que fala pouco e uma professora, a de Língua Terena respondeu que sim. Também foi questionado o uso da língua terena em casa, com os familiares e sete responderam não usar a língua terena no processo de comunicação, três responderam que sim, e que acontece com a mãe, com o irmão mais velho e apenas a professora de Língua Terena respondeu ter o uso da língua terena com toda a família, inclusive as crianças, porém com pouca intensidade.
            O resultado entre os professores deixa claro o desuso da língua terena. Os professores deveriam ser os primeiros a dar exemplo de usos da língua terena, porém o resultado aponta o inverso, ou seja, o desuso. Os professores não estão falando a língua terena, isso gera uma preocupação ainda maior do que imaginávamos, pela porcentagem dos professores entrevistados onde 80% não são falantes e 20% são falantes da língua materna.
Entre os alunos, o questionário foi aplicado no ensino fundamental, com um quantitativo de trinta e nove alunos. Sendo que dezesseis do 8º ano e vinte e três do 7º ano com a idade entre onze a dezenove anos. Ao ser questionado se era indígena, trinta e sete responderam que sim, dois responderam que não. Foi questionado se era falante do Terena, trinta e sete responderam que não e apenas dois responderam que sim. Em relação à família dos(as) alunos(as) se o pai é indígena, e a resposta foi que vinte oito pais são indígenas e onze não indígenas, e trinta e cinco mães são indígenas e quatro mães não indígenas. Essa mestiçagem com certeza é um dos fatores responsáveis pelo desuso da língua terena entre os filhos. Em relação à língua terena foi questionado se era falante, entre os pais dez responderam ser falantes, vinte e nove não ser falantes. Entre as mães, oito responderam a mãe é falante e trinta e um responderam que a mãe não é falante.
Esse resultado de pai e mãe não falantes reflete nos filhos que não falam também, e a cada dia nossa população indígena fica mais distante da língua que é um dos fatores de identificação do povo terena.
Outra pergunta que foi feita aos alunos foi em relação ao local de trabalho do pai, trabalha na aldeia ou fora da aldeia? Dois alunos responderam que o pai Trabalha na aldeia, e trinta e sete responderam que o pai trabalha fora da aldeia. Esse resultado comprova um dos motivos e causas do desuso da língua terena entre os alunos da escola, pois com a necessidade dos pais trabalharem fora da aldeia e ter que falar o português, distancia cada vez mais a língua terena dessa comunidade e principalmente entre os jovens, que acabam não aprendendo a língua terena e muito menos usando. Os alunos da Escola Municipal Indígena Polo Pílad Rebuá estão cada vez mais adquirindo os hábitos da população não indígena, “purútuye[12]”, esses hábitos estão cada vez mais presente dentro das comunidades indígenas. Outros fatores que foram observados: a proximidade da cidade é um dos fatores determinante do desuso da língua.
Outro fator é a mestiçagem, onde quem não fala o terena acaba se comunicando somente em português dentro da família e leva os outros membros a falarem também, outro indicativo segundo nosso ponto de vista é um dos componentes da família, pai ou mãe ter que trabalhar fora da aldeia, e estar diretamente em contato com a comunidade não índia que fala somente o português e nossos indígenas vão se distanciando de sua língua materna indígena.
Uma questão importante foi relacionada ao processo de comunicação em língua terena na casa do aluno, vinte e quatro alunos responderam que somente acontece somente com a avó. Nossa preocupação é ainda maior de quando começamos esse processo de pesquisa, pois quando essas avós dos alunos morrerem, a língua terena morrerá com ela. Outro fator fundamental é que dentro das dependências da escola que deveria ser o ambiente que proporcionasse a pro-revitalização da língua terena entre os alunos da escola, entretanto isso não tem acontecido de modo eficaz, pois a professora de Língua Terena confessa ter muita dificuldade em trabalhar com essa disciplina e necessita de muita ajuda para que possa mudar esse quadro negativo em relação ao desuso da língua terena entre os alunos da Escola Municipal Indígena Polo Pílad Rebuá.
Tivemos uma entrevista especial com a professora da disciplina de Língua Terena da escola, a professora Regina da Silva, moradora da aldeia Moreira e que sempre morou aqui, trabalha na Escola Municipal Indígena Polo Pílad Rebuá desde 2007. Foi a única professora que respondeu ser falante da língua terena e comunicar-se em terena em casa com a família, contudo com pouca intensidade. Ao ser questionada sobre a maior dificuldade em lecionar a disciplina de Língua Terena, ela respondeu: “Porque os alunos dessa aldeia não são falantes da língua materna e por falta de materiais didáticos, falta de apoio em geral”. Outra pergunta foi feita à professora: Qual a solução para a pro-revitalização da língua terena na escola? Ela respondeu: “Solução, talvez não seria, mas se todos os professores que trabalham aqui, poderiam se empenhar ao menos dez por cento das aulas para ajudar o professor desta disciplina, não seria tão difícil se isso acontecesse. Duas aulas na semana por série é pouco demais, isso dificulta a revitalização da mesma. O professor da Língua Terena precisa de muito apoio dos colegas para incentivar os alunos.
O resultado obtido nessa pesquisa veio comprovar o desuso da língua terena entre os alunos da Escola Municipal Indígena Polo Pílad Rebuá, pois os levantamentos de (NINCÃO, 2008), já apontavam isso. Hoje em momento diferente traz uma preocupação ainda mais grave em que os idosos estão falecendo e não estão conseguindo transmitir a sua língua materna, contudo a nossa preocupação é que os alunos continuam sem uma motivação maior para que a revitalização seja efetivada.
Resultados
Enfim, comprovamos nesta pequena amostragem o desuso da língua terena entre os alunos do 7º e 8º anos da Escola Municipal Indígena Polo Pílad Rebuá com todas as hipóteses que foram levantadas na pesquisa comprovadas: uma hipótese foi o desuso da língua Terena na casa dos alunos em suas relações de comunicação diária, pois somente poucos idosos sabem falar a língua terena, e não tem continuidade desse saber aos mais jovens e isso tem comprometido o prosseguimento da língua materna as gerações futuras, pois aos poucos nossos idosos estão morrendo e com eles à língua terena; outra foi comprovada também nas entrevistas que é a mestiçagem entre os pais dos alunos onde o componente familiar que não fala o terena leva o outro a falar somente a língua portuguesa, este fato da mestiçagem tem ocorrido muito entre os indígenas, onde as aldeias são próximas das cidades que é o caso das aldeias Moreira e Passarinho onde moram os nossos alunos; também foi comprovada que o trabalho dos pais fora da aldeia leva os pais a utilizarem a língua portuguesa em sua relação de comunicação em seu trabalho e não sente necessidade de aprender ou conservar a língua terena como processo de comunicação familiar. Depois de criado SPI, em 1910. “O SPI procurou desenvolver ação protetora combatendo as forças externas” (FIALHO, 2010 p 16), para proteger os índios, contra à exploração. Por outro lado o índio tutelado transforma-se em instrumento de dominação. Isso iniciado nesse período continua até hoje como vimos nos resultados de nossa pesquisa, essa imposição e dominação dos não índios “purútuye” sobre os indígenas, infelizmente o processo iniciado pelo S.P.I., em integrar os índios à sociedade comum vem impondo sua força até nos dias atuais. A hipótese mais significativa é a proximidade da cidade de Miranda, pois a escola fica cerca quinhentos metros do início da área urbana da cidade. Isso vem trazendo hábito do não índio e sendo apoderado pelo índio.
“Diante do mundo globalizado e dos meios tecnológicos disponíveis que avançam muito rápido, encurtam à distância, aproximam pessoas, influenciando em adaptar-se a nova realidade do mundo ocidental, impondo o uso da língua dominante a todos os povos, onde nem mesmos os povos tradicionais e as comunidades indígenas não escapam desse novo modelo de linguagem, tornando-se atrativo aos jovens que são mais afetados e pousa como facilitador do desuso da língua materna como meio de comunicação”.(FIALHO,2010 p.14).

Os problemas enfrentados pela comunidade indígena da aldeia Ipegue em Aquidauana, percebemos que são os mesmos problemas enfrentados na comunidade indígena da Escola Municipal Indígena Polo Pílad Rebuá em Miranda/MS. E os alunos que são crianças e jovens ficam motivados pela curiosidade e desejo dos objetos tecnológicos, roupas, acessórios dos  “purútuye”e se afastam cada vez mais da língua terena, resultado da globalização. “Nesta imposição tecnológica nem os Terena estão excluídos”. (FIALHO,2010). E a língua Terena que deveria ser a língua materna desses jovens indígenas estudantes da Escola Municipal Indígena Polo Pílad Rebuá, não tem dado continuidade a esse importante fato que orgulha os falantes e desperta interesse dos linguistas e simpatizantes desse povo que habitam várias localidades do Brasil e principalmente do Mato Grosso do Sul. Esta pesquisa trouxe uma responsabilidade ainda maior, de tentar entender as causas do desuso da língua terena entre os alunos dessa escola e ajudar a resgatar a língua terena entre esses jovens. Sabemos que é uma tarefa muito difícil, mas com empenho e dedicação de toda a comunidade escolar Pílad Rebuá conseguiremos essa pro-revitalização da língua terena com ações em conjunto que trará a essa comunidade, mesmo que com tanta interferência da comunidade não indígena a volta do uso da língua e consequentemente o orgulho de ser Terena.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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FIALHO, Celma Francelino. O Percurso Histórico da Língua e Cultura Terena na Aldeia Ipegue/Aquidauana/MS. UCDB. 2010.

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IBGE, Brasília. Ministério do Planejamento, orçamento e gestão. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (Censo 2010). 2015.Acessado em maio de 2015.
MIRANDA, Claudionor do Carmo. Dissertação. Territorialidade e PráticasAgricolas Premissas para o Desenvolvimento Local em Comunidades Terena de MS. UCDB. 2006.

NINCÃO,Onilda Sanches.Tese de doutorado. “Koho yoko Hovôvo/ O Tuiuiú e o Sapo”; Biletramento, Identidade e Política Lingüística na Formação de Professores Terena. Unicamp. Campinas. 2008.

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SAUSSURE, Ferdinand. Curso de Linguística Geral.26ª Edição. Tradução de Antônio Chelini, José Paulo Paes e IzidoroBlikstein. São Paulo.Editora.Cultrix. 1995.

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URQUIZA, Antônio Hilário Aguilera (org.) Culturas e Histórias dos Povos Indígenas em Mato Grosso do Sul. Campo Grande. UFMS. 2013.




[1]Artigo apresentado como parte dos requisitos acadêmicos para a obtenção do título de especialista na temática das Culturas e História dos povos indígenas pela UFMS, sob orientação do prof. Paulo Baltazar mestre em Antropologia pela PUC/SP 2010.
[2]Professor Terena e efetivo na Rede Municipal de Educação em Miranda, lotado na Escola Municipal Indígena Polo Pílad Rebuá, ministra aulas de Língua Portuguesa. Professor da Rede Estadual de Ensino, lotado na Escola Estadual Profª Marly Russo Rodrigues em Aquidauana/MS, ministra aulas de Língua Espanhola.
[3]Palavra usada pelos indígenas de língua terena que refere-se ao chaco ou pântano.
[4] Entrevista concedida e autorizada sua publicação em maio de 2015 sobre a história da escola.
[5] Jaime de Almeida, diretor atual da escola que forneceu as informações sobre a escola em maio de 2015.
[6]Água na língua terena.
[7] Tudo bem! Em língua terena;
[8] Não em língua terena;
[9] Não sei em língua terena;
[10] Estou aqui em língua terena.
[11]Nome do livro, mas que em língua terena significa criança.
[12]Não indígena