quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Leocemia: o difícil diagnóstico

Vou relatar o que aconteceu comigo nesse começo de 2010.
Tenho dois filhos, um com vinte anos outro com quinze, sempre praticaram esportes, brincaram, dançaram, enfim aproveitavam a vida da melhor maneira possível. Meu filho mais novo, Sergio Gabriel, que chamamos de Gabriel, treina capoeira, joga futebol, gosta da posição de goleiro, e é deste que eu vou falar.
No final do ano, ele começou a sentir febre diariamente, pensamos que fosse por causa de uma érnea que ele tem. Levamos ao médico e este o encaminhou a um cirurgião, como todos os hospitais de Aquidauana, cidade onde moramos, estavam em recesso, esperamos até o começo de 2010 quando os mesmos voltariam a funcionar.
Procuramos então um cirurgião, este recomendou alguns exames rotineiros para qualquer operação, mas achava que o Gabriel poderia estar com dengue, pois a érnea não dava febre, assim fizemos: eletrocardiograma, hemograma e exame da urina.
A Cardiologista ao observar os exames, deixou transparecer que tinha algo de errado com o Gabriel, e recomendou outro hemograma, quando ele saiu da sala, eu questionei se havia algo de errado com meu filho. Ela falou que recomendou outro exame para confirmar a possibilidade de ser uma leocemia. Nesse momento meu coração disparou, minha garganta trancou, fiquei assustado, pois sabia que a doença era grave. Imediatamente liguei para minha esposa que estava no serviço, e disse lhe que viesse ao hospital, pois tinha acontecido algo inesperado com os exames do Gabriel. Ficamos desesperados com a notícia, mas tentei transmitir tranquilidade para os dois, mas estava muito difícil! Ele teria que ser transferido para um hospital com mais recurso na capital do nosso estado, ficaria aguardado vaga. Porém ele não estava bem, em condições de perder tempo, pois a febre aumentava e ele começara a tossir, além de ter emagrecido muito e muito rápido. Estávamos assustados, ouvíamos falar da doença mais nunca imaginaríamos que acontecesse com a gente.
Depois de dois dias conseguimos vaga, viajamos de madrugada, e o quadro clínico dele estava pior, pensei que perderia meu filho. Minha mulher chorava constantemente, meu filho estava assustado, nossas vidas estavam de cabeça para baixo. Mas sempre acreditando em Deus, só de olhar para ele dava um nó na garganta, e um desespero por dentro.
Conseguimos a internação dele em um dos melhores hospitais de Campo Grande, o regional Rosa Pedrossian. Hoje ele esta recebendo tratamento e fazendo os exames necessários para começar a quimioterapia, estamos otimistas com o tratamento, e acreditando em Deus, que ilumine os médicos e nos dê forças para suportar mais essa luta em nossas vidas, e agradecer todas as pessoas que estão nos dando forças e orando por ele, obrigado!.